25 de abril de 2012

AGARREM!


VEM AÍ A LIBERDADE!


     Revolução
 
Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta

Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício

 Como a voz do mar
Interior de um povo

Como página em branco
Onde o poema emerge

Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação

Sophia de Mello Breyner Andersen, Obra Poética, Caminho, Lisboa, 1991.

 

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