8 de abril de 2013

A DESCULPA PERFEITA PARA O PLANO B



Afirmou o primeiro-ministro que “ Governo não aceita aumentar mais os impostos que seria a solução do Tribunal Constitucional…”. Portanto, aparentemente, para compensar o desequilíbrio, leia-se inconstitucionalidades, agora aberto no Orçamento em 2013, vão ser postas em prática, ainda este ano, medidas de contenção da despesa pública, nomeadamente nas áreas da segurança social, saúde, educação e empresas públicas. Resumindo, a decisão do TC é a desculpa perfeita para atacar os mesmos de sempre! Vamos ver no que dá.  O "mestre" das finanças, Gaspar, o tal que não tinha plano B, tem agora definidas as diretrizes da sua ação. Se continuar a ter tanto sucesso como até aqui, estamos mal!

2 comentários:

  1. Nas mordomias dos políticos e PPPs, frotas de carros de luxo, está quieto, que cobardes incompetentes.

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  2. Há mais aqui: http://abrupto.blogspot.pt/2013/04/o-material-tem-sempre-razao-4-numero-de.html

    O número de artigos e notas em blogues que começam com “a decisão do Tribunal Constitucional fez e aconteceu….” representam um sucesso do pensamento único governamental. Na verdade, deviam começar com “a política do governo fez e aconteceu…” Isto, porque a decisão do Tribunal Constitucional é que é a normalidade e a lei, e a política do governo é que é a anormalidade e a ilegalidade. A decisão do Tribunal Constitucional representa uma consequência da política do governo, das escolhas do governo, da incapacidade do governo de encontrar políticas de contenção orçamental que não passem pela violação da lei e pelo afrontamento da Constituição.

    Mais: o caminho seguido pelo governo para o objectivo de cumprimento do memorando da troika é que põe em causa esse cumprimento, porque não teve em conta qualquer preocupação em salvar um quantum da economia nacional, desprezou os efeitos sociais do “ir para além da troika”, não deu importância a qualquer entendimento social e político, vital em momentos de crise. Foi um caminho de pura engenharia social, económica e política, prosseguido com arrogância por uma mistura de técnicos alcandorados à infalibilidade com políticos de aviário, órfãos de cultura e pensamento, permeáveis a que os interesses instalados definissem os limites da sua política. Quiseram servir os poderosos com um imenso complexo de inferioridade social, e mostraram sempre (mostrou-o de novo o primeiro-ministro ontem), um revanchismo agressivo com os mais fracos.

    Pensaram sempre em atacar salários, pensões, reformas, rendimentos individuais e das famílias, serviços públicos para os mais necessitados e nunca em rendas estatais, contratos leoninos, interesses da banca, abusos e cartéis das grandes empresas. Pode-se dizer que fizeram uma escolha entre duas opções, mas a verdade é que nunca houve opção: vieram para fazer o que fizeram, vieram para fazer o que estão a fazer.

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