“Diz-se geralmente que, em
Portugal, o público tem ideia de que o Governo deve fazer tudo, pensar em tudo,
iniciar tudo: tira-se daqui a conclusão que somos um povo sem poderes
iniciadores, bons para ser tutelados, indignos de uma larga liberdade, e inaptos
para a independência. A nossa pobreza relativa é atribuída a este hábito
político e social de depender para tudo do Governo, e de volver constantemente
as mãos e os olhos para ele como para uma Providência sempre presente”.
Eça de Queirós, in “Cartas de Inglaterra”.
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