Há na opinião pública em geral a ideia de que os políticos atuais são de qualidade duvidosa, quer por cá, quer nessa Europa que agora se encontra numa encruzilhada da História. Contudo, felizmente, ainda há Homens que transportam consigo a lucidez e a clarividência que importa nestes momentos de crise. Refiro-me em particular a Helmut Schmidt, antigo chanceler alemão no período de 1974 a 1982, que muito recentemente antes do congresso do SPD alemão lembrou que a reconstrução da Alemanha após a guerra não teria sido possível sem o apoio dos parceiros ocidentais, resultando daí, face à atual crise, o “dever histórico de demostrar solidariedade para com outros países”. Por cá, Mário Soares tem vindo a apelar à lucidez dos dirigentes nacionais e europeus para que não se deixem dominar pela idolatria do poder financeiro, nem pela dupla Merkel e Sarkozy, uma dupla, pelos vistos, longe do ideal dos fundadores do projeto europeu e que, até prova em contrário, parece querer estabelecer na velha Europa uma relação de dominadores e dominados. Se é assim, o diabo que os carregue… Precisamos de mais solidariedade e não de uma nova ordem federalista.
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