O enorme
falhanço da esquerda e da direita está em querer traduzir numa linguagem
estereotipada e sectária uma realidade de devastação que em muito ultrapassa o
discurso político tradicional. Os partidos políticos que assentam em termos
programáticos numa ideia de cidadania (como o PS) ou de “pessoa humana” (como o
PSD e o CDS) estariam à partida vocacionados para, pelo menos, compreender o
que se está a passar e travar esta forma miserável de luta de uns contra os
outros que não ousa dizer o nome, mas que é muito parecida com a “luta de
classes”. Mas cada um ao seu modo, nas suas lideranças, traiu os seus programase, por isso, está a estragar Portugal e a democracia.
“Não aleijemos a pobre humanidade mais do que ela já está com tantas sacudidelas da direita para a esquerda e da esquerda para a direita, de cima para baixo e de baixo para cima. Do individualismo para o colectivismo e do colectivismo para o individualismo”. Almada Negreiros, in "Ensaios".
25 de junho de 2013
24 de junho de 2013
10 de junho de 2013
DIA DA RAÇA!
Portugal, Tão Diferente de seu Ser Primeiro
Os reinos e os impérios poderosos,
Que em grandeza no mundo mais cresceram,
Ou por valor de esforço floresceram,
Ou por varões nas letras espantosos.
Teve Grécia Temístocles; famosos,
Os Cipiões a Roma engrandeceram;
Doze Pares a França glória deram;
Cides a Espanha, e Laras belicosos.
Ao nosso Portugal, que agora vemos
Tão diferente de seu ser primeiro,
Os vossos deram honra e liberdade.
E em vós, grão sucessor e novo herdeiro
Do Braganção estado, há mil extremos
Iguais ao sangue e mores que a idade.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos".
1 de junho de 2013
QUANDO OS LOBOS UIVAM
"Se vos falo aqui de Aquilino não
é para lhe render mais uma homenagem. É antes um tributo, creio que, de todos
os viseenses que sentem o seu pulsar aqui e agora, porventura, ainda de forma
mais acutilante, mais forte nestes tempos da ira, em que nos tolhem os ventos
da esperança.
Evocar Aquilino está, pois, para
além da sua própria dimensão e do seu tempo. Evocá-lo é também gritar a revolta
contra os ataques do centralismo do terreiro do Paço; os ataques desferidos
contra o interior, afinal, contra Portugal. Os ataques contra os municípios e
as freguesias; os ataques aos tribunais; aos serviços de saúde e de educação…
afinal lutar por aqueles serviços e instituições que, verdadeiramente,
diferenciam e dão sentido à ocupação de todo o território nacional."
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