Não faz sentido afirmar que a
crise das dívidas soberanas se deve fundamentalmente aos erros de governação
(que existiram, sem dúvida) cometidos nas últimas décadas nos países mais afetados.
A crise deve-se à decisão de submeter economias com estruturas muito distintas
às mesmas regras e às mesmas políticas. O erro de governação fundamental que
pode ser apontado aos governos dos países em crise foi a decisão de participar
no processo de integração europeia nos termos em que o fizeram (e que se revelaram
desastrosos para as respetivas economias). O erro que lhes será apontado no futuro será o de não aprenderem com a história e prosseguirem pela mesma via.
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